A
Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo,
portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não
só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre
as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender
suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que
não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar,
analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.
1.
Quem são os psicopedagogos?
São
profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de
aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou
institucional.
2.
Onde atuam?
O
psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia
institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).
.
Como se dá o trabalho na clínica?
O
psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos
problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas
operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), histórias, material
pedagógico etc.
Na
clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou
responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários,
a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer. Neste momento não é
recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá atrapalhar
a investigação. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao
final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou
responsáveis.
4. O diagnostico é composto de quantas sessões?
Geralmente faz-se o
diagnóstico entre 8 a 10 sessões. O ideal é que haja duas sessões por semana.
5. E depois do
diagnóstico?
O
diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O
profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele
indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros
problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um
neurologista, ou outro profissional a depender do caso. Ele poderá perceber
também, que o problema esteja na escola, então possivelmente ele recomendará
uma troca de escola.
6.
E o tratamento psicopedagógico?
O
tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico,
ou poderá ser feito com outro psicopedagogo. Neste caso, este último solicitará
o informe psicopedagógico para análise.
Durante
o tratamento são realizadas diversas atividades, com o objetivo de identificar
a melhor forma de se aprender e o que poderá estar causando este bloqueio. Para
isto, o psicopedagogo utilizará recursos como jogos, desenhos, brinquedos,
brincadeiras, conto de histórias, computador e outras coisas que forem
oportunas. A criança, muitas vezes, não consegue falar sobre seus problemas e é
através de desenhos, jogos, brinquedos que ela poderá revelar a causa de sua
dificuldade. É através dos jogos que a criança adquire maturidade, aprende a
ter limites, aprende a ganhar e perder, desenvolve o raciocínio, aprende a se concentrar, adquire
maior atenção.
O
psicopedagogo solicitará, algumas vezes, as tarefas escolares, observando
cadernos, olhando a organização e os possíveis erros, ajudando-compreender
estes erros.
Irá
ajudar a criança ou adolescente, a encontrar a melhor forma de estudar para que
ocorra a aprendizagem.
O
profissional poderá ir até a escola para conversar com o(a) professor(a),
afinal é ela que tem um contato diário com o aluno e pode dar muitas
informações que possam ajudar no tratamento.
O
psicopedagogo precisa estudar muito. E muitas vezes será necessário recorrer a outro profissional para
conversar, trocar idéias, pedir opiniões.
7.
Como se dá o trabalho na Instituição?
O
psicopedagogo na instituição escolar poderá:
- ajudar os professores,
auxiliando-os na melhor forma de elaborar um plano de aula para que os alunos
possam entender melhor as aulas;
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.
- ajudar na elaboração do projeto pedagógico;
- orientar os professores na melhor forma de ajudar, em sala de aula, aquele aluno com dificuldades de aprendizagem;
- realizar um diagnóstico institucional para averiguar possíveis problemas pedagógicos que possam estar prejudicando o processo ensino-aprendizagem;
- encaminhar o aluno para um profissional (psicopedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo etc) a partir de avaliações psicopedagógicos;
- conversar com os pais para fornecer orientações;
- auxiliar a direção da escola para que os profissionais da instituição possam ter um bom relacionamento entre si;
- Conversar com a criança ou adolescente quando este precisar de orientação.
8. O que é fundamental
na atuação psicopedagógica?
A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, “perceber o inter jogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.
A escuta é fundamental para que se possa conhecer como e o que o sujeito aprende, “perceber o inter jogo entre o desejo de conhecer e o de ignorar”.
O psicopedagogo também deve estar preparado para lidar com possíveis reações frente a algumas tarefas, tais como: resistências, bloqueios, sentimentos, lapsos etc.
E não parar de buscar, de conhecer, de estudar, para compreender de forma mais completa estas crianças ou adolescentes já tão criticados por não corresponderem às expectativas dos pais e professores.
Rita Moreira
Psicopedagoga
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